9 de março de 2012


  
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me exerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Permanecemos na dor e no sofrimento o tempo necessário para compreender a nossa essência; somos o grafite preto que compõe a pagina em branco de nossa trajetória e evolução;

somos pedaços de Eustáquio

a calúnia existe para que no tempo certo as máscaras de quem proferiu as referidas injúrias caiam, restando apenas o salubre de teu verdadeiro Ser que está, não é.





13 de fevereiro de 2012

abalabalabalaba...
abalabalabalabala...
abalabalabalabala...
abalaram!
(eco abalado)
Sim, abaladas foram as colunas, as pilastras e os pilantras
Não há de ver que foi descoberto um homem caminhando sozinho no meio da estrada escura...,
Vejam só minha gente!
Tinha até homem caminhando sozinho no meio da estrada escura,
Carregava ele um monte de santo, e vários deles, todos nas costas,
e era um peso só,
e tinham cruzes, e tinha o mundo,
e ele chorava, e se lamentava escravo sendo de um malfeitor
até que seu rosto sendo descoberto, outro caminho foi mostrado,
um manto de luz cobriu seu corpo
curando feridas a tantos expostas,
carcomidas pela ilusão
(decompositores d'alma);
o frio cessou; a fome não existe mais;
agora sente cheiro suave e saboreia o sabor doce da liberdade
sem chicoteadas, amarras e demais correntes
hoje  é livre,
como merece todas as gentes.
E ele pede pra avisar que agradece eternamente aos senhores pela nobre residência e por tudo que lhe ensinou, inclusive ao ato de resistir a tantas dores;
em troca ele envia luz, esclarecimento e verdade a todos de bom coração que convosco reside
e que assim seja, na bondade e na caridade como diria um velho irmão!

"Uma semente e uma palavra ao vento têm o mesmo efeito, desde que seja fértil, pois o nocivo se espalha e se dissolve no meio da poeira; e quanto maior for o peso da sua carga negativa, maior será o tempo e mais longo o caminho de volta pra casa;

paz e bem a todos;

no caso da luz apagar de repente agarre firme na corda, ela não está solta no vão negro, mais cedo do que pensas enxergará a sua luz, confie e se alimente bem pra ter energia suficiente pra escalar a montanha;"

(lumière)
as horas, os segundos, o chiado, o alarme, a serradeira e a chuva
molhadas
por horas, por segundos, com chiados, com alarmes, serradeiras...
e a tempestade?
chuviando durou um segundo;
passou um motor, e outro e vários
o silencio bastaria se não fosse...,
o chiado e as teclas do teclado;
poderia ser redundante se a serra não tivesse retornado.

27 de janeiro de 2012

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Ao cair no abismo aproveite pra experimentar a liberdade de voar, abra os braços, sinta o vento, a pressão atmosférica, o peito enchendo de ar, respire fundo, abra os olhos, veja a paisagem, sinta o cheiro que o passarinho também sente, seja passarinho passarinho sendo passarinhando chegará ao aconchego do ninho.


25 de janeiro de 2012

Sem criar somos catatônicos
O artista precisa da ação da cria
Vagar de ar e de ar encher o peito
Ar que inspira, expira e reflete
Ar...
Ar que ensina e repete
O céu assina a sina do céu, do ar, da água e da terra
(o artista caminha com pés descalços)
Remete a cria
Recriar o ar e do ar criar o ser
Viver, sorrir, cantar,
Sonhar com a nova aurora das horas sem horas
Ar pra meu ser ser eu e o nós sem nós existir
Explosão atômica vibrando no peito, na pele, na alma a
10000000000000000000000000000000000000000Km/h
Seria uma catástrofe se não fôssemos artistas!
Um eu que desabita e consome
Um eu que reafirma e nega
Um eu que some e surge
E foge, e luta, e perde
Afoga e flutua nas águas do inconsciente
Um eu que está; não é.

31 de outubro de 2011

artimanhas burocráticas congressistas


De cinzas Palocci sobreviveu
Sem política politicagem politicou cargo bom
Seria melhor se o tiro não tivesse saído pela culatra
...
Mulata, ararinha do rio, jabuticaba, onça do mato, jaguatirica
Jaguatirana, onça do rio, povo descalço com algibeira e laço no dorço,
Caboclo, cabocla pesqueira da beirada do rio
Tem morada aqui dentro e de fora e de lado também
Com seus pés descalços morena do rio
Veio morar aqui sem frio de rio
Veio pro aço e pro despacho errado até quase a vaidade não deixar ver que os olhos viam errado, os ouvidos estavam enganados, os passos eram todos mal dados num furação de idéias desordenadas na mente, no peito, nas cores, no calçado, na veia e no traço errado
Xirê errado, vaidade no espaço, no cadarço e no todo de todos
Adquirindo espaços, com laços de aço di qué?
Achei, ache, achamos, não
Não confie nas cinzas de Palocci
Com ou sem politicagem
Só na malandragem
Seqüestrando
Posses
De tu
nos
$i
$en
$i
o

4 de outubro de 2011


Executar trincheira
Marinheiros e cata-ventos
Dai-me a suave cantiga de teu canto
Escutai a mente e a voz do todo
O canto, o santo, o ponto e a morte
Como a lagarta e a borboleta.
Dedos curvos, pingos na face
Arrepios que vem de dentro de um oco fundo do mundo
Distante, próximo ou agora
Sempre indo e vindo
Nas águas de nossa mãe rainha do mar.
Adociá.

3 de outubro de 2011


Caleidoscópios brilham no espaço
Gigantes
Pérolas brilham no escuro
Das ostras
Ouvintes ouvidores do ouvir repentino que assola
O silêncio agudo das horas
Plinc, plac, plinc, plac.

de estima

carcomidas foram elas todas
cetins, algodão, xita, viscose, jeans
poliester...
granulados de fibras derretidas com o tempo
a imagem era bela
igual a pintura na tela
viçosa,  de Lynch
mas como carcomidas foram elas todas só restou a película
e a sensação na pele.

ouço a batida do oco
no fundo do toco
toc, toc, toc

um sopro de ar
ar
?



1 de outubro de 2011

Insólito mergulho neural.
Memórias dilaceradas de um canto abarrotado de
Segregadas substâncias epidérmicas
Autótrofas, míopes,
Desencadeadas com RH, DNA, linfócitos e demais guerreiros.

O aço

O passo

O laço

O rastro

Peripécias de um viajante

27 de setembro de 2011

atravessado

Olhos atentos observam luzes quadradas e dispostas verticalmente em direção ao céu

Várias

Várias são várias coisas

...Sala cheia e gélida...

Pálida

Distintos corsários disfarçados de pavões

...Barreiro atolando pés, pernas, rodas e pneus...

Careca

Está o todo partindo de dentro

...Silencio agudo no meio de tudo...

Psiu

Olhos atentos observam luzes quadradas e dispostas verticalmente em direção ao céu

compostagem

Pin, pin, pin, pin

Sim, sim, salabim!

Pin, pin, pin

Caiu!Parou! Gritou! Saiu!Fugiu!Partiu!

Riu? Ou rio?