Abri os olhos às cinco da manhã e fiquei perguntando quando que realmente iria acordar;
O sol a tanto não brilha na manhã!
Muitas horas ilhadas na chuva que não pára neste ano de carnaval de março.
Esta noite tiveram sonhos estranhos: arrumações de malas, sapatos vermelhos variados, sendo apenas um all star realmente meu e a tanto guardado numa destas caixas do canto do quarto; tinham malas e maquilagem quebradas; tinham dois garotos cafuzos trazendo vingança a mando de outrem; mataram o pai e o vimos no chão ensangüentado. O grito foi ouvido de longe, até mesmo pela filha que madornava.
Acordava, dormia novamente e para o mesmo lugar se ia, sempre os mesmos. Pensei no todo, na luz, na comunhão universal e no perdão; fechei os olhos e pra lá voltei. Agora só restava um, e este, ao ver meus olhos, abaixou a cabeça, e lhe perguntei o por que da presença...
Após várias explicações e muita paciência em ouvir coisas desconexas descobrimos que ele queria apenas mostrar a casa em ruínas por baixo do cimento novo.