Canto para que os mudos ouçam
Escrevo para os cegos que um dia possam ler
Não canso de viver de aprendizado;
Dos passos mal dados,
Dos traços mal traçados
E da alegria de um dado
Repetindo caídas no mundo.
Saudosismo barato
Palavra com calo
Cheiro amargo gosto adocicado
Do mar salgado e rio parado.
Nas águas de um riacho
Procuro minha imagem recortada em pedaços
Como uma colcha de retalhos
Mostrando os vários lados coloridos de espaços
Costurados com cordas de aço.
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