3 de outubro de 2010

Os olhos mergulharam

Na imensidão dela

Daquela janela

Da direção

Do olhar

Nela

Dela

Sem sela

Pra ela

Com ela

De passarela de algodão

Com sentinela e um grão

Semeada na seara ventilada pelo avião

De grão, de mor de soir e outros mineirês

Ouvindo teu canto e tua canção bela no violão

De agora,

Sem demora

Com tempo de pernas de anão

Leve, doce e com sabor de pimentão.

Agora vem o outro, com quatro cordas

E a melodia recomeça embalando meus tímpanos,

No embalo de parar e te dar um beijo,

Que ótimo! Ficou.

Sensação essa de respirar,

No batuque e no bravatá

No aguerê ou alujá

Ahamunha ou Opaije

Escrito ou reescrito errado

O que conta é o entendimento

Daquilo contado no ouvido,

Ou cantado agora mesmo

Nos versos escritos a ti por agora

Nesse segundo que canto para Odé.

Aprendendo a batucar neste mundo santo

De Eros e a insanidade de se trabalhar

o lado direito e esquerdo do cérebro

Esqueci de uma coisa que eu sei que sei

Mas, esqueci. Foi

Ogum: Pai da agricultura

Metal que adentra na terra feito pela própria terra

Fé: Força Motriz girando tudo;

Vejo agora o rio Amazonas de águas barrentas

E um verde ao fundo de mata fechada,

Osumarê protege menina

Lembrei de hoje mais cedo na praia do Rio

Só e o mar e agora ossãe,

Pausa para o filme

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