Busca do mérito merecido aladeirado
Quebrando logo as pernas na primeira caída de frente;
Não nasceu para ser trancada na jaula. É do mundo.
Casa de vários mundos, sem necessidade de explicitá-los:
[Drag, “viado”, homossexual e “biba”;
Adolescente, tarado e apaixonado,
Mesquinha, “cabeça” e “transloucada”;]
Lobos com dentes afiados de boca aberta
Ingenuidade inocente tonteada pela multidão que lhe concebe.
Busca do sonho caminhado as seis da manhã sem café da manhã;
Salgado restante na cantina no almoço ou bolacha de R$0,70;
Escravidão sistemática sendo menos que lixo na boca;
Lágrimas de sangue nas passadas de volta para a casa no sol ou na chuva mesmo
Sem nem guarda-chuva ou um Caetano no bolso.
Almoço doado no vira-lata, uma vez;
Sentada no chão da garagem aprende novos mundos das Américas, Europas e tropas;
Cegos, surdos e mudos;
Mudanças de cá para lá com doações e “trampo” a “trampar”
Até de madrugada...
Noites Dionisíacas observadas do canto da parede sem nenhum beijo ou cama.
Laço encontrado na lua “eclipsada” de um dia 04 de Março terminado noutro 13 de Fevereiro
Quatro anos passados e de noite.
Calçadas pisadas, concretos humanos desmascarados, esquecidos e não carregados nos braços e nas costas da criança que não existe mais pelo menos até hoje.
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